sexta-feira, 1 de novembro de 2013

'Lendas' criticam kart e as categorias de base no Brasil - Alex Barros, Bia Figueiredo, Guiga Spinelli, Max Wilson e Ricardo Maurício fazem previsões sobre o autombolismo

Não importa o esporte: para se formar um bom atleta é preciso que ele tenha passado por uma categoria de base de qualidade. Futebol, basquete, vôlei... Todos eles precisam deste "celeiro" para a formção de novas jóias. Com o esporte a motor não é diferente: para se criarem novos "Sennas" é preciso um kartismo de alto nível no Brasil. Na terceira reportagem da série especial "Roda de Histórias", Alex Barros, Bia Figueiredo, Guilherme Spinelli, Max Wilson e Ricardo Maurício analisam a atual situação do automobilismo de base no Brasil.

O campeão da Stock Car em 2008, Ricardo Maurício, foi o primeiro a comentar a situação brasileira. Como todo piloto que se preze, Ricardinho começou a acelerar a bordo de um kart. Após ser campeão paulista da categoria, o paulista passou pela Fórmula Ford, Fórmula Vauxhall, Fórmula 3 Inglesa, Fórmula 3000 Internacional e Fórmula 3 Espanhola, antes de chegar à principal categoria do automobilismo brasileiro.

- A gente sabe que o nosso kartismo está com dificuldades, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. O que acabando ocasionando a formação de poucos novos pilotos. A gente ainda vê categorias de base tentando se sustentar com dez, doze carros aqui no Brasil. Poucos pilotos conseguindo patrocínio para correr na Europa. Tudo isso daí acaba atrapalhando o piloto quando ele vai lá para fora - disse o dono do carro 90 da RC.

Na busca por soluções, o campeão da Stock Car em 2010, Max Wilson, apontou algumas falhas das categorias de base no Brasil. Segundo o piloto - que já correu em diversos países como: Alemanha, Itália e Austrália - o melhor caminho é a reestruturação do kartismo brasileiro e a criação de novos categorias-escola.

- Eu acho que não tem uma solução a curto prazo e sim a médio e longo prazo. Eu acredito que com a reestruturação do kart e com duas categorias de base no Brasil, a gente vai voltar a fabricar pilotos que possam se destacar, no futuro, na Fórmula 1, como a gente sempre teve - comentou.

Roda de Histórias: os convidados e apresentadores já posicionados (Foto: Divulgação)
Alex Barros, Guiga Spinelli, Max Wilson, Bia Figueiredo e Ricardo Maurício criticaram a atual situação das categorias de base do automobilismo brasileiro; eles ainda falaram sobre a estrutura internacional
O ex-piloto de motovelocidade Alexandre Barros se mostrou por dentro dos "erros" cometidos pelo kart e pelas categorias de base do automobilismo brasileiro. O paulista ainda anunciou que deve lançar uma categoria de base de ciclismo no Brasil e adiantou que o prazo para a formação de novos pilotos será de cinco anos.- Na moto, a crise é pior ainda que o automobilismo. A chave da categoria é base é evitar que ela seja muita cara. O que precisaria fazer era limitar: a preparação, a potência do motor, os jogos de pneus. Eu estou aqui sugerindo, acho que eu não sou o mais indicado para falar, mas no caso da motocicleta, eu estou montando um campeonato diretamente relacionado ao custo. A base o que é: tem que ser tudo igual - argumentou.

Campeã do Desafio das Estrelas 2010 - uma competição de kart idealizada por Rubens Barrichello e Felipe Massa -, Bia Figueiredo sabe o que fala quando o assunto é kartismo. A paulista correu por nove anos na categoria e obteve dois vice-campeonato: um paulista e um brasileiro. Além do kart, a atleta criticou a formação dos novos pilotos.

- A primeira vez que eu fui para a Europa, eu acho que foi a vez que eu mais aprendi na minha vida: porque lá, eles têm a cultura de ser você e u mecânico. Enquanto isso, aqui no Brasil, é você e mais três ou quatro mecânicos. Então, você não toca no kart. Lá, você tem que colocar a mão na massa, sabe tudo. Acho que isso é um aprendizado que o europeu tem e influencia em toda a carreira do piloto - explicou.


O tricampeão do Rali dos Sertões e vice-campeão da categoria gasolina do Rali Dakar 2011, Guilherme Spinelli, também destacou o alto preço gasto nas categorias de base atualmente. Para ele, esse é o grande impecilho para a formação de novos pilotos.

- Para um piloto iniciante, o kart já começa muito caro. É incrível o custo para correr na categoria. Quando se faz uma comparação com uma Fórmula, o custo é muito próximo. E para começar é difícil conseguir um patrocínio. É preciso alguém ali para te ajudar com os gastos - disse.
Não perca, na próxima sexta-feira, dia 18 de março, a última reportagem da série especial "Roda de Histórias". Lá, os atletas falarão sobre os treinos em outras categorias, o acidente de Robert Kubica, da Fórmula 1, e os risco que eles enfrentam quando está nas pistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Valeu pela Força!!!!
Muito Obrigado!
Rafael Rigueiro